quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

E  a vida vai dando voltas... Entre desistência de mestrado, frustrações e problemas de saúde, a vida não pára e o lado Claudinha foi estudando aqui, ali e se juntou ao lado Tia Tuda e sonhou com as Panc (Plantas Alimentícias não Convencionais) acabando com a fome no mundo!


Em 2017 a gente fez um curso de extensão à distancia da Rede SANS: Aprofundando Conhecimentos: Construindo Planos de Segurança Alimentar e Nutricional nos Municípios Paulistas e Paranaenses da Unesp e nunca mais larguei o tema.

O sinal verde abriu a vontade de fazer o mestrado, e unindo a paisagista e a assistente social, comecei a frequentar o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Santos (COMSEA Santos), fiz um curso para conselheira e entrei no curso técnico de nutrição. 

Agora me aperfeiçoando para um futuro mestrado com conteúdo e paixão, conselheira suplente, finalizo o Curso de Extensão "Educação Alimentar em Equipamentos Sociais" também da Unesp, como última tarefa: o fortalecimento do uso das conexões de redes sociais e comunidades virtuais na interação do equipamento social com a comunidade, como ferramenta de informação e multiplicação de ideias.
Foi dado um novo significado para esse blog, que passará de agora em diante a ser um meio de propagação da Permacultura, unindo hortas urbanas, panc e educação alimentar, oferecendo conceitos, videos, links e afins, com o objetivo de mostrar uma alimentação acessível, segura e nutritiva.

Aguardem próximas postagens de SAN, sonhos e PANC !
Até breve!
  




Novidade : Estágio


Esses últimos meses foram tensos, por ter iniciado estágio, diminuindo meu tempo livre e ao mesmo tempo, sem férias e com aulas com provas, seminários, trabalhos e leituras de textos.
Esses últimos meses foram tensos, conheci um mundo novo...
Meu silêncio foi grande, dado o espanto, a perplexidade diante de um mundo invisível, mas real.
Estou fazendo estágio de Serviço Social no Centro POP, ou seja, Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua. O início foi difícil, como agir diante de pessoas que até aqui desprezei ?
A cada dia um novo aprendizado, cada dia era um desafio !

 O semestre terminou, um portfólio foi entregue e aí me dei conta do quanto mudei nessas 120 horas !
Tive muita sorte em ter a Fernanda como supervisora, que alem de ser uma profissional competente, preza o Projeto Ético Político do Serviço Social.
Em vários momentos ficava perplexa, com medo ou sem saber o que fazer, e cada um desses momentos,  contribuiu para me mostrar como fui preconceituosa com essa gente tão marginalizada !

Não é fácil olharmos para nós mesmos e vermos o tamanho do nosso egoísmo...

Hoje, olho nos olhos dessa população procurando uma história, um fio que me conduza ao começo desse fim. Não ergo o olhar, nem finjo que não estão pelas calçadas, cada qual com uma dor, cada qual com uma vida escondida pela situação. Hoje eu ando com o endereço do Centro POP na bolsa, esperando uma chance para oferecer os serviços da assistência voltada para eles, esperando sair da cômoda posição de reclamante, para uma posição de ação e pratica da cidadania para essas pessoas perdidas na rua.

ESCRITO EM 2013, MEU PRIMEIRO ESTÁGIO, O SEGUNDO SERIA NO CRAS CENTRO, OUTRO ANO DE EXPERIÊNCIAS MIL E APRENDIZADO MARCANTE. COM CERTEZA NÃO POSTEI PORQUE 2014 FOI O ANO DA FORMATURA, TCC&TALS, MUITA NEURA NO AR !!! HAHAHAHAHA

NÃO TENHO MEDO DA POLÍCIA

A sociedade precisa rever seus conceitos... Hoje tudo é culpa da Polícia... Não entrando no mérito do despreparo dessa classe trabalhadora, queria externar um incômodo na garganta, nos olhos, no coração...
Incomoda muito ver tantas pessoas jogadas na rua, revolvendo lixeiras, cheirando mal, sem brilho no olhar. Houve um tempo em que eu culpava a preguiça, a malandragem de levar uma pessoa a se submeter à essa vida, mas o buraco é mais embaixo.
Concordo que a polícia anda mais violenta que outrora, mas todos, inclusive eu, embruteceram-se, uns por saber que palavras nada valem atualmente e outros (como eu) como um mecanismo de defesa diante da frieza da vida.
Incomoda muito, manchetes cinzas sobre atitudes erradas dos policiais, mas nada que mostre o erro da outra parte.
Algumas vezes já fui parada em blitz, não preciso fugir. Houve um tempo que não tinha a documentação do carro em dia, passei a andar a pé e de ônibus. Eu não entendo porque as pessoas não assumem seus erros ? Se você sabe que está fazendo alguma coisa ilegal, (e sabe, porque senão, não fugiria.) vai bancar o ingênuo, e dizer que não sabia da consequência ? da multa ? da apreensão ? da prisão ?
No dia a dia vemos atitudes egoístas, desde colocar contentores de lixo na calçada, atrapalhando pedestres, mas assegurando uma vaga de estacionamento para o cliente (na rua, que é pública); a atitudes de vandalismo (afinal não sou eu que pago...).
A história de viciados geralmente começa com uma dor, uma perda, uma frustração e oferta fácil daquilo que vai aliviar o sofrimento o mais rápido possível. O grande vilão dessa história é a pobreza, a falta de oportunidade, que vem da exploração, que nasce na ganância, que é alimentada pelo egoísmo.

ESCRITO EM 2014 MAS NÃO POSTEI POR FALTA DE TEMPO MESMO